Itacaré, é hoje conhecida como um dos mais visitados destinos turísticos do Brasil na sua temporada de veraneio. No entanto, não conta com a infraestrutura adequada para receber os visitantes. Situação essa que tende a piorar com o aumento da demanda proporcionada pela conclusão da ponte sobre o rio de contas e da BA- 001.
A falta de infraestrutura atrasa e muito o desenvolvimento do turismo impedindo que ele gere benefícios à população da cidade.
Com exceção dos setores de alimentação e hospedagem que estão expandindo (talvez por ser movido pela iniciativa privada), os demais setores, necessários tanto para o município explorar todo seu potencial turístico, quanto para o bem estar da população, não existem ou funcionam de mal a pior.
Entre eles: Trânsito e transporte, segurança, saneamento, fornecimento de água e energia e coleta de lixo.
Não consigo entender como a administração pública almeja incrementar a economia do município com o turismo, mas não prepara a cidade para isso.
É inexistente um serviço de transporte coletivo eficiente e seguro para se deslocar pela cidade e praias. Em Itacaré existe apenas uma empresa que não consegue atender com eficicácia o setor.
A circulação do trânsito na cidade e prejudicada pela engenharia de transito do município que obriga o tráfego a circular por vias sem pavimento, com lombadas ilegais e percurssos tortuosos e sem sinalização.
A orla que deveria ser o principal cartão postal da cidade, serve de local de despejo para esgoto não tratado. Inutilizando assim um excelente local que deveria gerar receita para o município, bem como lazer para população e os turistas.
A segurança deixa muito a desejar, o município conta apenas com uns poucos policiais e viaturas insuficientes para atender todas as ocorrências e manter um policiamento ostensivo nas trilhas, bairros e centro da cidade mesmo com o auxílio da CAERC (Companhia de Ações Especiais da Região Cacaueira).
O fornecimento de água feito pela EMBASA (Empresa Baiana de Saneamento) não é suficiente para atender a cidade durante sua temporada de veraneio assim como o de energia elétrica feito pela COELBA (Companhia de Eletricidade do sul da Bahia) também não atende a demanda, resultando em vários "apagões" durante a temporada, alguns durando mais de 24 horas.
Sem resolver essas prioridades fica muito difícil o desenvolvimento do turismo no município.
É claro que o turismo não vai acabar de uma hora para a outra, afinal Itacaré foi privilegiada com atrativos naturais difíceis de se encontrar num mesmo destino, mas sem infraestrutura vai estacionar e talvez até regredir. Preparando a cidade para o turismo, não só se acelera o desenvolvimento como se propicia uma imensa melhoria na qualidade de vida do cidadão.
